Sigo o arvoredo denso
desta íngreme floresta,
de repente paro e penso:
É só isto que me resta ?
Estarei eu sozinho
neste perigoso caminho?
Serei eu, meu único adversário?
Já tanta escolha feita,
agora,
esquerda ou direita ?
Houve uma voz que minhas dúvidas,
para esta, pareciam fáceis.
Pegou em minhas lamúrias
e transformou-as em projecteis
até ao outro lado da escuridão.
Admito,
estou confuso
mas apertam-me a mão,
há tanto tempo que não uso
palavras de amor em vão.
Podemos dizer:
Vamos ser felizes os dois
e que a morte nos leve depois.