Os braços tornaram-se leves, com o tempo que passava por mim, contando histórias trágicas de amor, que eu gosto sempre de ouvir, para chorar no fim.
Tantas coisas giravam a minha volta, enquanto ao fundo, o negro se apodereava do horizonte,prometendo silenciosamente agarrar-me.
Prender-me no escuro de mim.
Deixei-me cair para trás, e o mundo tinha desaparecido. Tudo se transformou em água pura, e o meu corpo foi mergulhando sem reacção, noo infinito desta morte não programada.
Afogar ou não afogar?
Senti quente nos meus braços, enquanto eles se tornavam leves e se dissolviam.
No oceano de corpos esquecidos.
Onde caí, sem me preocupar.
Onde sou alma, que corre livre, pelo esquecimento de viver.