Antes do nada eu estou no mundo
Sou fruto da luta constante daqueles que me desejaram
Choro na escuridão da noite
E a tarde chora a sua ausência
E a chuva faz à tarde tão molhada.
Vivo o sonho dos que não sabem sonhar
Sou a alegria do dia calmo de verão
Choro na madrugada fria da solidão
Por saber que seus olhos já não estão aqui
E para sempre vou te procurar.
O meu íntimo sacoleja na manhã silenciosa
Sou a imagem da tristeza de uma vida vazia
Grito aos quatro cantos do mundo
Escrevo os meus versos tristes
Na esperança de nunca te esquecer.
Nada sou dentro de mim nesta jornada
Sou a desilusão do seu sorriso meigo
Ergo minhas mãos ao rosto para estancar as lágrimas
Silencio a minha dor na aurora da vida
E sorrio no fim de um triste dia.
O medo terrível da solidão se apodera de mim
Na medida em que se aproxima a escuridão da noite
Sei que terei devaneios assustadores
Pois existe um castigo da desilusão
Que açoita a minha consciência de um falso amor.
Escondo minha dor no profundo do meu ser
E danço uma valsa triste no salão do tempo
Espero a neblina cair no chão sólido
E estancar o sentimento do meu coração
Que lembra carinhosamente da sua presença.