Ao momento de me sentir preso
Todos os dias, igualdade
Todos os dias foram sem falar
Quem me dera partir
Para onde eu estive
Quem me dera descobrir
O meu destino, a minha sorte
Quero avançar, mas as rédeas me cortam
Quero voltar a chorar,
Pois por mim
Já não se importam
Quando de ouro fui
Ouro queriam receber
Agora, que de lama sou
Não importa onde vou,
Pisam-me ao relento
Preso no meu próprio lamento
Quero fugir, sem saber para onde ir
Quero voltar a cantar
Pois não me importa
Quero partir
Para agora, o amor
Que nem sei se é mais verdade
Sufoca em minha lealdade
Quero partir
E me perder num deserto
Quero morrer
A qualquer momento
Sinto-me preso, em grades de fumo
Sinto o meu infortúnio
Quero ir
Livre das grades, poder fugir
(Contigo me encontrar
Sem ninguém mais perdoar
Vou buscar-te, é uma promessa
Quero fugir daqui
E buscar-te, antes que me esqueças)
Pedro Carregal