Andorinha saltitante a voar na amplidão
Pouco pouso, muitos voos, bater d'asas, pouco chão.
Há um tempo para tudo...
Houve um tempo no passado que de asas encolhidas,
no meu ninho recolhida, calei meu canto, pois desencanto
foi tudo quanto tive da vida.
O tempo que me fez muda,
a minha vida mudou... Aprendi que no meu ninho
teria só a desdita, de fenecer sem ser vista.
Esquecidas as conquistas, deitei sobre as cinzas do ninho
... Levantei então às vistas, vi voantes lá no alto,
ouvi o canto encantado de um ser igual a mim.
Questionei: "Por que entregar-me ao fim?"
São suas asas... iguais as minhas, canto um igual canto.
Se me encantou o seu cantar o meu canto encantará!
Qual fênix ressurgi... A beleza da vida vi.
Reergui-me, bati as asas, deixei as cinzas pra trás...
O passado... Não volta mais!
Alegra-me o presente, o que o futuro trará?
Voos apaixonados como não vivi... Jamais!
EstherRogessi
07/01/11
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