O meu coração Caminhava ateu Tinha um som estéril E vivia assim no peito meu. Apenas batia Sem desejar paixão, Sem saudades, Sem ninguém, Batendo, por bater. Mas, quando te encontrei; Ele ficou contente, Ele ficou crente Ele ficou "querente" Até carente De ouvir o teu. Agora sim, meu coração desabitado Hoje se fez crente.
(Ednar Andrade).
"O Poeta precisamente só o será quando a sua imaginação for além da imaginação do Universo".
Chamou me atenção "O meu coração caminhava ateu", "sem saudades/sem ninguém" e depois "Agora sim, meu coração desabitado/hoje se fez crente". Gosto do seu "Coração ateu". Não resisto a citar António Maria Lisboa, presente no seu perfil, "complementando" este seu texto:
"e toda essa sucessão de pontos vermelhos no espaço em que tu eras uma estrela que caiu e incendiou a terra"