O mar azul sem fim/
O sol vermelho quase se pondo/
O barco chega/
É uma festa /
Homens falando/
Cantando em prosa/
Com som e versos/
Pés na areia /
Roupas surradas/
Olhares que dizem poemas mudos/
Cabelos brancos .../
Suor na testa/
Contam histórias de mar, de pesca/
De grandes peixes/
E até de sereias/
O fim da tarde é sempre festa/
Ancoram barcos, ancoram barquinhos/
Com velas coloridas/
Algas no caçoá e peixes também.../
No coração deles, amores/
São eles que chegam/
Mãos diligentes, sempre contentes/
São os pescadores/
Rostos marcados e o sol nas testas/
Felizes, cantantes e contentes/
Seguem na vida /
E sentem suas dores e seus amores/
No Norte ou no Sul /
Do meu Pirangi.
(Ednar Andrade).