Só os amantes sabem bem,
o bem, que lhes cabe bem,
como um beijo a antever,
o que mais ninguém pode ver.
Desce do monte, o nevoeiro,
da montanha, até ao outeiro,
dum ao outro, deitam,
os ilícitos, que nada suspeitam.
E num silêncio, indistinto,
nas planícies, que só eu pressinto,
os amantes, hão-de se entregar,
como se fosse aqui, o imenso mar.
Jorge Humberto
04/01/11