Eu poderia lhe perguntar como está,
Se ainda sonhas, se meditas...
Se juntas o pouco que lhe resta,
Ou se procura novos pontos de vista...
Talvez eu tentasse lhe entender,
E compreender que a vida é dura,
Nas coisas que deixas de fazer,
Sem mesmo entender sua própria loucura...
Seu coração é diferente do meu,
Talvez nem sua alma com a minha combina,
Mas isso foi o que o destino ofereceu,
Pois só assim que se completa uma sina...
Diga-me, se não preferir silenciar,
A falta de argumento às vezes é ineficaz,
Mas não fale se for falar por falar,
Pois palavras de guerra acabam com paz...
Paz, isso já me passou pela cabeça
Mas nem isso eu consigo entender.
E antes mesmo que eu me aborreça,
Eu saio, sem pagar para ver...
Eu poderia lhe perguntar como está,
E saber o que esconde dentro de ti
E lá destruir o que não presta,
Para lhe ver ao menos sorrir...
Se ao menos você me entendesse,
E assim me estendesse à mão.
Ouviria de mim, uma pequena prece
E dela, palavras de meu coração...