Aldrabões e mentirosos,
e outros enganadores.
Têm modos asquerosos,
de fintarem teus valores.
Com o conto do vigário,
e mais outras artimanhas.
Fazem de ti um otário,
sempre que tu os apanhas.
Para evitares malefícios,
dos amigos do alheio.
Tens que fazer sacrifícios,
e nunca estar no seu meio.
São mais os que te querem mal,
que os que te querem bem.
A sorte ou o azar é tal,
que vives num vai e vem.
Os que vivem iludidos,
pensando não ter azar.
São os que ficam mais sofridos,
quando um dia lhes calhar.
Todos nós, que estamos vivos,
temos que ter esta certeza.
Os parasitas nocivos,
atacam sempre de surpresa.
São ataques repentinos,
feitos de forma furtiva.
Que tanto roubam meninos,
como a mais célebre diva.
Não percebem que o que fazem,
por não quererem bem pensar.
São só azares que nos trazem,
por nos estarem a roubar.
Para eles poderem bem viver,
e terem uma vida regalada.
Fico eu, sem nada ter.
E outros, com pouco ou nada.
Sempre foi um bom negócio,
trabalhar como ladrão.
Para quem quer viver em ócio,
sem trabalhar para um patrão.
Ladrão que rouba ladrão.
Amigo que rouba amigo.
A ocasião faz o ladrão.
Já é um ditado antigo.
Cada vez há mais vilões,
com vontade de aldrabar.
Quase que há mais ladrões,
que os que há para roubar.
zeninumi 5/9/2007
zeninumi.