imóvel vôo
queda na cadeira
imóvel vôo
para sempre
jaz a mente
o corpo morto,
movimentos
silenciosos
sem amanhã.
a morta vida
a vida morta
a porta
que não abre
a alma que não
cabe no vazio
silencioso
desta solidão
sem nome.
a fome de uma
alucinação.
quando eu morrer
de novo, não faça
nada.
apenas segure
a minha mão.
Maria Cristina
A pedidos
Querem um verso,
mas não sou capaz.
Vejo a palavra fraturar
as entrelinhas,
tento soldá-las,
mas não são minhas.
Rompeu-se o verbo
e me deixou pra trás
Flora Figueiredo