E já estou outra vez ali...
e por me haver debruçado,
na janela desperta,
sinto que em mim sou acordado,
que a vida é incerta.
Em pensamento, chamo-te…
femíneo corpo, de cetim…
e o rio corre, para onde vai,
buscando no teu jardim,
o que, na noite, se esvai.
Dum ao outro, ilusão,
que, do desejo, e à sua sorte,
vem o despertar, inesperado,
como se fosse a minha morte,
num beijo, há muito guardado.
Jorge Humberto
02/01/11