Trancado a meios os dois cômodos que se faz o meu rancho, me pego deitado, madrugada chegou e com ela veio à falta de sono; tudo que poderia fazer para ocupar meu tempo eu fiz. Há dias me pego meio pensativo em relação a minha vida, e meios a tantos pensamentos monótonos vem o vazio e a companheira inseparável desses momentos sem sono, codinome SOLIDÃO.
A meio todo os meus momentos pensativos venho me perguntando: Meu Deus, que vazio é esse, que dor é essa que aperta meu peito?
Cansado, apenas sou adormecido pelo tão esperado sono que vem como um apagador, trazendo com ele a missão de levar as minhas respostas.
Dias após dias, pergunta não respondida angustia aumentando a única solução que me resta é espera. Esperar o que também não sei; não sei nem o que me angustia tanto, quanto mais o remédio para todas essas dores.
Sinto-me de coração partido, ajo como uma pessoa preocupada enrugo minha testa, faço cara de insatisfeito; mas nada disso é o suficiente para olhar em mim mesmo e ao menos como resposta tentar me acalmar com uma esperança que tudo logo vai passar.-passar o que?- Só quero ao menos sorrir verdadeiramente, e não por total descontrole dos meus músculos faciais, quero chorar de maneira que a alegria caia esvaziando todo o meu interior, pois chorar por dentro já não posso mais. Meus órgãos bóiam diante de tanto choro pra dentro; se lágrimas matasse a cede, por mil anos eu não beberia água, se angustia matasse já estaria na hora de reformar a minha lápide.
Estou em um momento -de conversa com o meu eu- de rever a minha vida. Por tudo que lutei eu consegui, exceto o amor, por tudo que eu achava impossível, pode até ter sido difícil mais eu me mostrei e fui forte, suei muito mais não tive o momento de parar e rever todo o meu trabalho, e logo agora que a vida me cobra essa falta de revisão, veio me proporcionar esse momento eu não sei como agir.
Lutei e venci, chorei mais os momentos de dores passaram aos pouco, tentei e consegui, quando tudo se fez perfeito ao meu ponto de vista eu me perdi na hora de comemorar comigo mesmo todos os sacrifícios e obstáculos passados.
D!id!i