Nesta vida, e à sua Sorte,
caminhamos nosso bem-querer.
Como quando a alma é forte,
e tem sempre, o que nos dizer.
Não sou senão um passageiro,
que, ao passado, nada deve.
Fé? Que sei eu? Metade ou inteiro,
à régia sina, não foge nem teme.
Tudo é nada, e é essa a beleza…
recordar é exercício inútil…
como quando, uma certeza,
mo mostra, que tudo é vão e fútil.
E, assim, no outeiro, que luz,
quando a noite a nós é chegada,
minha alma canta e seduz,
como um carme, à minha amada.
Jorge Humberto
31/12/10