Há um som, de sons, no ar,
entre a nébula e a cessação.
E, a melodia, a se escapar,
inda palpita, na minha mão.
Como se houvesse lembrar,
que no pensamento ficasse,
de um velhinho gorjear,
do pássaro, que lá reinasse.
E de um ao outro, o canto,
que eis ouvido, na floresta,
não fosse senão um espanto,
de tudo o que nos resta.
Ilusão ou simples alquimia?
Quem, destes sons, escutou,
sua razão, entanto nasceria,
o que só o coração guardou.
Jorge Humberto
30/12/10