Sonetos : 

«« Nada sei ««

 
Foge de mim um tempo que escasseia
Na dormência inacabada do sentir
Apetece-me ao vento pedir boleia
Tentando alcançar esse tempo a advir

Aquele que acontece na calmaria
Das tardes de verão, quando apetece ir
Ao encontro dos olhos, viajar na magia
De sensações encobertas a provir

Mas foge de mim um tempo cru e incerto
Nada sei de mim e de ti ao concreto
Apenas que a areia desliza na ampulheta

E eu, perco o sentir, ou perco-me de ti
Perco o sentido, dou por mim estou ali
No aperto a que o tempo me sujeita

Antónia Ruivo
http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

Feliz 2011
 
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Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 30/12/2010 20:20  Atualizado: 30/12/2010 20:20
Usuário desde: 28/07/2009
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Mensagens: 10799
 Re: «« Nada sei ««
Já se sente o tempo a escassear, há então que aproveitar cada momento o melhor que se pode.
Adorei o soneto, está muito bom.

Bom Ano 2011 Antónia, que te traga tudo que ambicionas.

beijo
rosafogo