Imagino-me já, filmando o primeiro filme. Vejo já numa estante os livros que eu escrevi. Somo agora as relíquias que eu escavei da terra.
Não passam de sonhos tão desejados e aplaudidos por mim. Sou um sonhador, quero ser actor, escritor e arqueólogo. Mas o meu país vai sempre desprezar-me como um insecto. Embora esse contratempo, quero alcançar as rédeas da escrita e da actuação aqui. Depois, desejo partir para América tentar a minha sorte na industria cinematográfica.
São sonhos altos. Sonhos que a maioria soube admirar e nunca teve oportunidade, ou nunca quis realmente ir. Mas eu considero-me um sortudo.
Eu não me fico pela visualização dos meus sonhos mas sim pela luta por eles.
Tristemente lamento as minhas condições actuais. A minha voz apesar de rouca em instantes não se calará. Será triunfo às vitórias e troféu ao prémio de viver. Mais vale uma vida de sonhos do que outra sem os poder ter.
Pedro Carregal