Algo que se descobre
Sou algo que não se entende,
Sou vento que não sopra.
Amor me julga contente,
Do resto feliz que me sobra.
Sou algo concreto que não se vê.
Sou chuva que cai e não molha,
Amor irresistível que sempre chora.
Sentindo falta que é te ter!
Sou algo, que próprio se conduz;
Sou choro que desce sem lágrimas,
Amor que ainda existe que seduz,
Mergulhando num mar de lástimas.
Sou algo que se vê descontente;
Sou sonho inevitável, o que mais dói,
Amor no coração que se corrói,
Procurando-te no labirinto da mente.
Sou algo que vive sem nervos na pele;
Sou pensamento que flui sem arder.
Amor ardente influente feito neve,
Partículas inaderentes que surgem por você.
Sou algo que não se conquista,
Sou sentimento que nunca se compra
Amor vislumbrante que se tira de vista,
Que às vezes já passou, e não se encontra!
Sou algo sentir que não se acaba,
Sou o meio de um começo sem fim;
Amor que se ganha dentro de mim;
Tem o mesmo valor de uma palavra!
Sou algo, medida que não tem limite;
Sou fervura inocente que ilumina!
Amor que brota em se quer que a conquiste,
Segue o instinto próprio que á fascina.
Sou algo que vive sem limite de amar!
Sou coragem d'onde busco o amor;
Algo de que me faz sonhador;
Sem medidas do medo de falar!
Sou algo simplesmente que não se vai.
Sou o sentir que nasce na imensidão,
Amor que quando surge não se esvai!
Mas que quando fica é PAIXÃO!
Sou algo, que com palavras descreve,
Sou o eu, que com sentimento me inflamo!
Amor quando se sente á flor da pele
Não quer mais nada, se dizer que te amo!