Olho o ano que passou com um olhar inquieto
Tento encontrar-me em cada mês, mas
É como se procurasse um rosto quieto
Que olha para nós sem emoções ou maneiras
Olhem, olhem-me digam-me algo de concreto
Digam que o ano teve dias teve horas
Teve risos alegrias, musica no coreto
Teve amor, fantasias, choros, mas teve asas
Olho o ano que passou, o sorriso que não vem
Na boca a gargalhada se esvai com desdém
No peito a amargura queima, inquietação
Paro pra pensar, coro envergonhada
Tanto que murmuro, e tantos nessa estrada
Caem na valeta, escondendo a aflição
Antónia Ruivo
http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/p/sonetos.html
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...
Feliz 2011 para todos.