Mar de espinhos
Onde meu sangue vagueia
Onde morrem adivinhos
Onde encontro desgraça alheia
Petrificado
Amarrado a uma rocha
Ventre rasgado
Iluminado por uma tocha
Adeus sangue
Veias já vazias
Adeus carne
Que de mim saía
Ai, adeus vida
Preso em mar de espinhos
Espinhos são triste saída
São o meu sangue em vinho
Quando fui levado
Lamentei o sofrimento
Alheio, desgraçado
Ainda hoje é tormento
Mas consegui
Ver os sonhos naquele fim
Os horrores que vivi
Não vieram de mim
Os espinhos foram
E decerto não voltarão
Caminho formaram
No meu coração
Adeus tristeza
Ano Novo a chegar
É um adeus à velha vida
Novos momentos para sonhar
Pedro Carregal