Poderei ser eu alguém bizarro
Escondido em certas fontes
Coberto pela folhagem
Pelas árvores e sua ramagem
Que tornam o bosque
Numa prisão
Arrastado pelas ondas sombrias
Que levam e trazem alegrias
Os sentimentos roubados
Redemoinhos lá me prendem
Afastado por morte horrenda
Preso no alto mar
Talvez que o vento me leve
Criando entre mim
Certos tornados
Digam e repitam que sim
Ás vozes que vão chiando
Levando a alma de mim
Será bendito e bem certo
Que o fogo não me persegue
Congelado à nascença
Mantenho eu como crença
A vida já sem morte
Ai é crime, é castigo
Viver longe do que digo
Viver longe de mim
Pedro Carregal