Oh, vida que nos olhos brilhava!
Por que andas tão longe de mim?
Oh, menina de diamante!
Por onde andas, refugiada?
Por que pronuncias o fim?
Por que não podes seguir adiante?
Vejam as árvores mudas
Pássaros que calam e morrem
A natureza vestiu-se de escuro
De luto por mim, não te iludas
Salgadas lágrimas que dos olhos escorrem
A cair par'este chão tão impuro
À lua conto um segredo
E sinto sua atenção
No peito palpita a ferida
No sangue preenche-me o medo
São confissões de um coração
Que passa por uma não-vida
* Nanda