Poemas : 

QUASE SEMPRE

 
Ao poeta, que se diga que minha
pátria é a lágrima. Generosa,
se oferece e não deixa que me sinta
brasão. Desnuda-me quando veste
os instantes em que minha emoção
vira fronteira para qualquer
realidade ou do que se preste.
Traduz o riacho de Smetana,
a morte por delícia em Veneza,
a visão de uma gare, o eu
menino tocando gaita, o beijo
final, do mármore quando ajusta
a beleza, o Sermão da montanha,
a pele enrugada pelo sol grego
e o relembrar de amor do cheiro
da pitanga evolando-se no quintal.

 
Autor
ALFREDO ROSSETTI
 
Texto
Data
Leituras
855
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Paloma Stella
Publicado: 03/09/2007 19:23  Atualizado: 03/09/2007 19:23
Colaborador
Usuário desde: 23/07/2006
Localidade: Barueri - SP
Mensagens: 3514
 Re: QUASE SEMPRE
Muito me fez lembrar esse poema...

Principalmente do cheiro da Pitanga...
que quando eu era pequena, lá no alto sobia para ficar desfrutando de seu sabor inigualável.

Beijinhos