vida, vida
quanto te consomes,
na busca da razão
no lamento cego, inútil
na ferida, que teimas em ter
na dor, que doi, e fazes doer
vida, vida...
quantas vezes insistes em viver
e cansada recuas
quantas vezes és adiada
pelo nada, seguro
retomas a estrada
e vais sem rumo
vida, vida...
não sabes que és mais que letras?
não sabes o fogo que corre em ti?
Dei e recebi
chorei e ri
que mais queres de mim?
solta o cativo não seguro
que se perca
que se queime
que viva
além de ti
vida
ruisantos