Eu que sou a Terra. Sangue que é o rio.
Cabeça é a montanha e dos meus olhos saem as luzes que iluminam o céu. Nariz é como grutas esquecidas. Ou seja, o meu corpo é como a natureza. Quando estou de pé, a cabeça torna-se no cume da montanha e o meu corpo é esta. A partir daí, os meus olhos tornam-se em cascatas. Raios são a minha fúria. Tarde é a minha calma. A Primavera é a minha sensibilidade. Verão a minha liberdade. Outono é a minha fraqueza. Inverno a minha seriedade. As rochas em mim são a minha força. O meu coração, um vulcão adormecido.
Quando eu morrer, os rios secarão. O vulcão cairá. As cascatas deixarão de jorrar. Pois a Natureza para mim é unicamente a vida!
Pedro Carregal
Mais textos
Rss do autor
Estatísticas
Enviar
Imprimir
Criar um pdf
