Nas brumas do tempo que não passa
busco teu ser mas, só encontro fumaça,
sigo a minha intuição, no labirinto
recrio, ao meu gosto, a ti, no fundo baço.
Com as cores da aquarela que eu pinto
se te faço menos bela, eu não minto,
é a minha memória que me atraiçoa
ao evocar- te assim, ó ser do espaço,
em tua evanescência, és pura névoa,
que sempre escapa ao meu abraço.