Serás sempre a minha alquimia. A minha ciência sem matemática. Meu sonho de outros tempos ancestrais.
O tempo em que não havia nada e tu eras tudo. Desse tempo sem relógio, que hoje já não existe...
Serás sempre o meu mistério profundo. Meu sentido da vida, sem direcções ou coisa assim.
Serei sempre o génio louco que não sabe de ti. Tu que és meu rubi escarlarte, minha pedra filosofal, que eu nunca sei onde encontrar. Eu que soube tanta coisa sem nunca saber de mim. Desfaço os cálculos, corrijo as letras, faço os acrescentos, espalho as folhas, desvendo os enigmas, revejo as métricas e os ingredientes. Mas nunca um sinal sequer de onde tu estás…
Tu; que sempre foste a minha ciência tão certa como impossível. Meu sonho de um outro tempo para além de imortal. Tu que és Maria, minha pedra filosofal... meu mistério profundo e ancestral.