Envia-me de novo para longe do coração sem saudade, destrói-me por dentro, por tudo e porque queres nada, como custa viver sem ti mesmo abandonado estaria junto de ti a cada momento.
Viciado no teu corpo presente, no cheiro amado, no riso distante, no tudo no teu ser, ainda aqui estou, …
Quando o dia acaba tudo parece calmo, não é uma ideia fixa mas parece que todos estamos à espera de algo diferente, será mais um Outono sem sombras, porque sem sol?
Será um Inverno radiante, apesar do frio, aquele que nos obriga a pensar no calor de uma cama aconchegante.
Como gotas de água que se acompanham numa intempérie ondulada pelo vento seguem as nossas vidas, as vidas de todos, mesmo dos desaparecidos.
Manuel Rodrigues