Quando garatujo
Mil coisas num papel,
Fico nele presa…Não fujo!
É o meu sangue, é a minha pele!...
Crucificada, despida,
Em jeito de redenção,
As palavras são o grito
De um sofrer,
A expiação de um delito:
- o pecado de viver!
Viver! – andar dia após dia,
os anos a rolar,
numa sede de INFINITO,
sem nunca mitigar…
Numa fome de IDEAL,
lutando pelo BEM
e combatendo o MAL!...
Sou eu sim…meu coração
Reparto nesses vocábulos expressos
Em todas as frases dos meus versos!
E dou-me então numa ansiedade
De sempre MAIS e Melhor
Evocando uma saudade
Galvanizada de Amor!...
-Saudade do que não cheguei a ser…
-Amor por tudo o que conheço e queria conhecer! …
Daí, o desejar que os meus versos
Sejam espalhados,
Dispersos,
Pelos que trazem os olhos marejados,
Pelos que soluçam, inconformados,
Por todos vós, IRMÃOS,
Que adivinho ou que conheço,
E no meu dia a dia
Nunca esqueço!...