A sombra do corpo
repousa
no silêncio das bocas por abrir
Pedra a pedra
em ondas de sol a terra e o mar
erguem-se
em desafios a cumprir
Do seu espaço interior tudo
se inicia
Dos eflúvios do parto nasce a Luz
que em relâmpagos de memória
alumia
Constrõe-se o corpo
O edifício faz-se
Pés mãos o cérebro primeiro
Tudo é movimento
Tudo é a causa dele
e o seu fim derradeiro
A espinha dorsal em equilíbrio
suporta o peso do edifício todo
O cérebro abre-se
Um mar de Luz invade o corpo
Ascende-se ao conhecimento