[Carecia de se ir em rumo da casa do vento -... - Guimarães Rosa - Campo Geral - Miguilim, no campeio do gado...]
... Por que, seres ansiosos de infinitude,
nossos olhos ávidos buscam paraísos;
portanto, é impossível que não
nos percamos — caminhamos sempre
e sempre rumo à casa do vento...
Não há tempo bastante para tal viagem,
e então, sumimos na estrada do Nada...
Somos, por assim dizer, não fogos na noite,
mas tão-somente umas presenças fátuas
nas vidas uns dos outros — passamos...
... E no cavalo doido do tempo
nem galopam resquícios de nós;
passar, passar e passar: é tudo
que podemos e sabemos...
[Olha só..., eu careço da sua admiração,
do seu apreço, mas se você chorar,
eu nem penso: chamo você de boba, viu?]
[Penas do Desterro, 04 de dezembro de 2010]