Sempre que o olhar se perde
em fúrias e sobressaltos.
Sempre que a razão imerge
na noção incerta de poder.
Sempre que o corpo anseia
o toque inseguro que o persegue.
Sempre que me perco
em angústias deleitosas.
Sempre que o pensamento sobrevoa
paraísos imaginários e frescos.
É quando me lembro que existo!
Quando sinto a segurança do ser!
E quando desespero lágrimas secas
infinitas de dor e prazer!
Só a minha sombra relembra...
Só a alma austera fatiga ...
Só a inconsciência reina
nessa tua existência fantástica
nesse teu mundo meu!
Existes
e só isso importa!
Quero-te
e só isso chega!
cdjsp