Luzente; em forma de arco-íris...
Cintilante euforia,
Misto de dor e felicidade...
Asfixia...
(PUNGENTE AGONIA)
Canção silente...
Louca fusão,
Sonho.*
O olhar fixo no infinito d'alma
Na boca um sabor amargo e no peito uma batida:
"TRAGO"
A esperança da manhã, num raro sabor das minhas estações...
Vertigem...
Morro, para então renascer.
..."Depois"...
E... Quase morta, ando pelas avenidas do meu viver.
E assim e por assim ser:
Este ópio consome as minhas forças.
Candelabro que me guia na escuridão da afasia".
As mãos vazias - trago,
Os olhos secos, cansados...
Cabelos em desalinhos, olhar buscando o vago,
Faço uma viagem fúnebre e viva com gestos e vultos,
Envolvo-me.
Descalabro...
Incontinente modo de torturar um torturado "já".
Uma taça de destilado veneno... Bebo em outro (trago)
Ergo um altar, onde me ajoelho; rezo e choro... Quando sorrio.
As horas passam lentas...
Massacrante, por demais, é a lentidão deste momento...
Uma sensação de paz em guerra (??)
Como pode assim a vida ter cores tão fortes?
Como pode, um deserto conter tanta beleza?
Os perigos e as certezas são óbvio da fé...
Trago... Um trago,
Uma bebida forte, quem dera,
Uma taça de vinho...
Que embriagasse tamanha verdade...
Mas, a veradde não bebe, nem se embriaga.
É fria, cruel, também leal, amiga, companheira,
Completa adversidade....
Nesta festa de emoção vacilo... Oscilo... Não caio.
conduzida pela mão da minha calma sigo...
O horizonte do hoje me impele...
Arremete-me, torna-me afã
...E... Incontida como um "rio *"
(Ednar Andrade)
(16*12*2010*).