Espaço-me vazio, ao desdém de aquém,
Um pensar liquefeito, discorrido ao além…
Além mais do que… quero d’ alguém,
Um paladar amargo, tragado, d’ outrem.
Encurto, recorto tempo, espaço passadas,
E os libertos, aios suspiros, vagados,
Decaídos lentamente, sobre calçadas,
Vão perdidos… são lembrares amassados,
São demónios encolhidos, são bruxas caladas.
São amores passados, são olhares calcados.
E lá vão vagados… Os passares, do meu viver.
O Verde - 2010