O rio vai nu por entre as pernas
da mulher triste Madalena
que se entregou ao pregador
e se abriu como uma flor.
Era prostituta e era santa
seu corpo era um santuário
matava a fome aos pecadores
cheios de culpa por amor
uma espécie de calvário.
Quiseram atirar-lhe pedras
e isso era desculpa
para esconderem os vícios
que o corpo oculta na bonita roupa.
Mas houve um homem
que se entregou
aquela sua santidade
e com amor transformou
em virtude aquele pecado.
lobo