Rasgo minha alma aos pedaços.
Corto nela as veias que sangram,
sem estancar suas feridas por sarar.
O coração que outrora entreguei com laços,
hoje seus pedaços engendram,
mitos e gritos por chorar.
Chorarei até que a voz me doa.
Das lágrimas farei pó e pedra,
para calcetar a estrada da vida.
Neste barco que parte ondas à toa,
levo minha esperança como oferenda,
a todos os deuses desta corrida.
Corto meu coração em fatias,
para entregar a vampiros.
Sedentos de carne e sangue.
Das veias jorram euforias,
que seco com brasas e papiros.
Esperando que esta agonia estanque.
TomasRP
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.