O meu quintal é um quintal.nem pequeno,nem grande.ainda assim,um considerável quintal. às vezes vejo os muros no meu quintal.outras vezes,não os apreendo.cada limite é derrubado sem que eu o perceba.o que quer dizer que os limites se erguem,mas também se alargam até nunca se saber até que nova e in(visível) fronteira . um dia, estava eu a andar de baloiço no meu quintal,e ele cresceu.o dia,o baloiço,o quintal. pude perceber isso porque quando saltei do baloiço em vôo,os meus pés cairam bem lá à frente, num pedaço de terra que ainda não tinha as marcas das solas dos meus sapatos .e quando já parada olhei em volta ,a minha perspectiva era inteiramente nova. o tempo que demorei a fazê-lo seria talvez a soma de todos os outros meus saltos e tentativas condensado nuns segundos inéditos que me pareceram fora da escala habitual do tempo contado pelos ponteiros do relógio e até mesmo daquele outro tempo:o que é contado pelo número de batidas conscientes do coração. na verdade ,aquele momento era como que um momento arredado:livre do tempo e do espaço e de todas as circunstâncias passadas e presentes,mas que em si mesmo as continha,sem que lhe pesassem ou prendessem. a momentos raros desses decido ,neste momento, chamar voar. parece simples e fácil quando finalmente acontece.
...lembram-se quando certo dia aprenderam "de repente" a andar de bicicleta?
saltavas do baloiço em andamento e viste novos horizontes na minha alturase a quando fosse pequenino saltasse do bailoço o horizonte que eu tinha de ir tinha um nome hospital mas já saltei das escadas até ao chão e quase ia caindo enfim sao horizontes bjs gostei do texto