Sempre ao cair da noite
A minha esperança se esvai
De rever o teu sorriso
Lua que clareia o mar
Tua ausência me apavora
E o silêncio molda
Indefeso olhar.
E no cais já não há porto
Nem o céu paira no ar
Onde estão as labaredas
Do fogo anunciando a paz
Que brota de um peito ardente
Que a paixão latente só faz aumentar?
Ave que espalha sementes
Indagar ao tempo - vai
Se o passado é meu presente
O futuro o que será?
Pois se trago na memória
Viva a nossa história
A quem irei contar
Dos caminhos que traçamos
Dos planos de voos
Do se entregar...
Agora sei
És o meu calmo remanso
Beira de rio
Onde o meu corpo descanso.
"Eu venho das dunas brancas
Onde eu queria ficar
Deitando os olhos cansados
Por onde a vida alcançar
Ednardo"