Pai Natal.
-Pronto, ele aí está, vai pensar o Pai Natal, todos os anos ele me escreve a me fazer pedidos que ele sabe bem que não sou eu que os posso realizar, dirá o Pai Natal ao receber este meu pedido, esta minha prece..-
Eu sei Pai Natal, já começo a abusar um pouco da tua bondade, mas que queres, eu não resisto de te escrever, e tu sabes bem o porquê, não é assim? Pois e é por isso que ficas aborrecido.
Eu te compreendo e não fico zangado, até te peço perdão de te incomodar, num momento em que tu estás carregadinho de trabalho a preparar toadas as encomendas para todas as crianças que te escreveram, e acredita, todos merecem, não meninos bons nem maus, são todos iguais, todos são puros e com um coração que pede e dá amor, então, todos merecem e é aqui que eu continuo a bater na mesma tecla.
-Olha Pai Natal, desculpa, mas eu insisto.
Todos os anos tu distribuis brinquedos. Todos os anos, tu visitas casinhas pobres e casinhas ricas,
tu conheces os poderosos deste Mundo, então, se não for muito te pedir, fala com eles; pede-lhes que acabem com as guerras, que deixem o povo viver em paz e amor, pede-lhes que dêem felicidade aqueles que não a têm, que acabem com a fome e a sede também, que terminem com os sem abrigo, que as crianças não andem abandonadas à sua sorte nas ruas imundas da vida.
Sim, sei que peço muito, mas acredita que nada peço, pois que os Senhores do Mundo têm o nosso destino nas suas mãos.
Pai Natal, com todo o respeito e carinho, te faço uma festinha na tua bela barba branca e um obrigado muito grande, pelo que tu continuas a fazer pelas crianças, e espero que tu consigas fazer com que todos sem excepção, tenham uma ceia de Natal com uma mesa repleta de coisas boas, gostava de saber que não haverá mesas vazias.
Obrigado do coração, Pai Natal.
A. da fonseca