Deixas em mim, como impressões digitais, a saudade de um vento que parte para jamais voltar.
Aquela tua voz de um português fluente que se entranha em mim rasgando cada pedaço do meu ser.
A tua pele que, macia, espreita por entre rasgos de luz suplicando para ser tocada.
A tua língua que de fogo a agua passa, que, envenenada bebo sem medo de sucumbir.
Os teus pecadores lábios que fazem dos meus escravos a um beijar frenético.
Essas pérolas do conhecimento com que me olhas e em canas verdes as minhas pernas transforma.
O apurado cheiro que de ti brota e em mim penetra, deixando-me ás portas da loucura.
Ai se soubesses o furor que causas em todas as células do meu "eu"