A porta que se abre
É a mesma que se fecha
A flecha que se acerta
É a mesma que se erra
A boca que fala
É a mesma que se cala
A mão que acalenta
É a mesma que afugenta
O colo que se dá
É o mesmo que se perde
O Amor que se vive
É o mesmo que naufraga
A paixão que avassala
É a mesma que desampara
Os olhos que vêem
São os mesmos que ignoram
O sorriso que alegra
É o mesmo que entrega
Os laços que unem
Também se desamarram
O tempo que demora
É o mesmo que passa
A vida que hoje chega
É a a mesma que parte
Os castelos construídos
Serão as ruinas de amanhã
Nada é preciso...
Nada é garantido...
Tudo bem eu sei
ainda respiro...
meu coração ainda bate
Então devo estar viva...
Mas isso não me dá garantia de nada
Ninguém nasceu com prazo de validade
O dia de amanhã ninguém sabe
Por isso preencho hoje está página
Esta que estava em branco
Agora existem letras palavras
Que alguém irá ler
Mas elas também irão passar...
Então tudo ao pó retornará
E nada deste mundo irei levar
Nem joias...nem tesouros...
Nem roupas ...nem cargos de pompas...
Minha alma com certeza
Lembranças e gentilezas
Espero que não as asperezas
E a Esperança de deixar um legado
Que para alguém possa ser aproveitado
Se para o bem ou para o mal
Já não será mais minha propriedade
Quem sabe um pouco de saudade...
Alana Winnie
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