Chove na tristeza esquecida,
preâmbulo senil duma alegria,
cena da natureza permitida,
restauro de misto de fantasia.
Chove no campo da frescura,
terapia do bom acolhimento
esperando o sol na planura
de todo o seu consentimento.
Eis a água, talvez benfazeja,
no futuro suor desta terra,
por mais humilde que o seja.
Dádiva do céu tirado à serra,
num afago que a ela proteja
das fraudes que o ciclo encerra.
António MR Martins
2010.12.08
António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...