No silêncio mortuário da capela,
Descansas - como anjo -, envolvida em lassidão...
Descansas ao bruxuleio de uma vela!
Que ilumina o teu pequeno corpo no caixão...
Um anjo - petrificada morte -, a certeza!
A certeza de ver-te as mãos - no peito -, cruzadas,
A abraçar tamanho frio, a tristeza!
Que me acompanha por toda a madrugada...
Por entre as grinaldas, jazem, meus olhos, fundos...
Meu pensamento se queda morto, a passo!
Pensando nos momentos que passamos juntos...
Fere o meu coração - tão grande dor! -, a saudade!
A saudade ferindo meu peito como o aço
Fere a minha alma com um golpe tão suave...
(® tanatus - 20/11/010)