Traço a traço eu ponho-me a esboçar,
O que em linhas parece imperfeito.
No meu engenho a revelar,
Um coração que não bate no peito...
E sim as portas da imaginação,
Mas prefere adentrar as janelas da mente
Com mil cores em mutação,
Sendo para cada, uma semente...
Que brotam flores,
Em sua perfeita simetria.
Esparramando os odores,
Em traços de poesia...
Mesmo que solta e disforme,
Unifilar em suas paralelas.
Esperando que algo se transforme,
Nos olhos que se confundem com elas...
Das linhas e traços, do meu esboço ridículo,
Alto retrato ou caricatura...
De um palhaço sem circo,
Ou um criador e sua criatura...
Eu amo tudo o que eu possa ser,
Mesmo que num sentido figurado
E imperfeito aos olhos de que vê,
Ao meu modo abstrato...