Ele, ela e a tramela.
Andava a moçoila com desdém,
Esbarrei-me nela assim por acaso
Apressado mas a notei, até caso...
Qual nada, o descaso foi além.
Seguiu rua abaixo feito um vintém
Brilhava e aquelas pernas roliças...
A carne parecia macia e maciça
As ancas puro filé de primeira
Será que a danada é solteira?
Santo Deus! Perdoai minha cobiça!
Cruz credo! Ainda faz sinal de cruz
Desnudou-me com os olhos acesos
Bem notei que algo estava teso
Mantive o queixo ereto e o status
Equilibrei o nariz, ai Jesus!
Difícil manter a pose de donzela
Queria mesmo era uma apalpadela
Daquelas de desnortear as coxas
Que me deixam de unhas roxas
Pena que minha porta tem tramela!