E essa noite quando me perguntarem
Direi: - não temo! Não temo a mão impura
Que há de tocar minha face
Tocar-me nessa noite escura
Agora sinto, sigo tranquila...
Sem aflições medonhas, martírio gelado
Sigo por tortuosas trilhas
Desse bosque amaldiçoado
Tomaram-me os sentidos, sei
Mas digo que prefiro assim
Quando a maior das dores chegar
Já estarei distante de mim
Águas correm, oceanos secam
O que antes era cega agonia
Morreu; e dançando contente e sozinha
Deito meu corpo sobre a pedra fria
Conformo-me! Acordo quando durmo...
E te peço que não sinta pena
Não vê meu sombrio sorriso?
De quem já é a vida pequena?
Finalmente! É chegada hora
Não temo... Só desejo meus olhos fechar
Na noite de morrermos todos jovens
Minh'alma poderá se libertar!