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Caça

 
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Quando já nada se vislumbra
nem a figura ou memória;
Quando tudo se faz perdido
negro, sem retorno,
chegado o ponto de exaustão
invadido pelo soturno sentir do adeus;
Quando já nada se alcança
nem mesmo a vontade de ser....
Apareces tu, escondido na penumbra
tímido mas descarado,
sorrateiro, matreiro
e caças!
Com unhas e dentes
sem ninguém se aperceber
sem que ninguém comente!
Chegas, vês e vences
o coração, a alma e o corpo
e eu repito: - Verdade!
- Sou tua!


cdjsp

 
Autor
Carmen Palmeiro
 
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