No escuro do meu quarto
Fecho os meus olhos
Começo a sonhar
Estava num local desconhecido
Ao longe, uma silhueta se aproxima
Esbelto é o seu corpo
Os seus cabelos longos
Uma brisa se levanta
O raiar do sol
Incidindo sobre ela
Dando-lhe vitalidade.
Dirigiu-se a mim
Perguntei-lhe o nome dela
Ela sorriu-me
Subi ao céu
Ela fugiu em direcção do mar
A minha tensão subiu
Ultrapassando o meu eu
Pisei as suas pegadas na areia
Ela entrou no mar
Eu na areia me sentei
E pus-me a observa-la
Será que estou a sonhar?
Não devo estar
Mas a praia está deserta
Só estou eu e tu
Levanto-me e vou dar um mergulho
Nado em tua direcção
Mas tu nadas-te mais rápido que eu
Cansado de te nadar parei
A tua silhueta
Já a perder de vista
Continuo a nadar
Dei-te um grito:
AMO-TE
Nesse momento acordo
Do meu sonho
Mas será ele se concretizará?
Pedro Nobre