Se um dia destes começarmos a perguntar a toda a gente que anda na rua se costuma ir a museus ou se já foi sequer a algum, ou pensam que somos loucos ou então pensam que é mais um estudo duvidoso que andam a realizar por aí.
A verdade é que muito poucos portugueses têm o hábito de visitar museus, sejam os da sua cidade ou os de outra qualquer.
Vejamos: se questionarmos um jovem sobre o que ele faz aos domingos de manhã, é óbvio que ele vai responder «dormir», «ver televisão», ou ainda (em terceira tentativa) «dormir».
Não deveriam ser estas as respostas ideais. Se por um lado os próprios pais já não incumbem aos seus filhos o hábito saudável de visitar museus e ver cultura (nem que seja ir ao Museu da Marinha), os jovens dos dias de hoje nem tão pouco mais ou menos pensam em perder tempo em sítios que, à maneira deles, “dão apenas para ver quadros, exposições, ler placas e arrastar os pés pelo chão”.
Existe um vasto leque de locais de interesse, património público e demais centros culturais espalhados de norte a sul do país. O que acontece (e que agrava a crise) é que o povo português, já de si, não dá valor ao que tem, e é capaz de gastar mais dinheiro em longas viagens para fora… quando tem a poucos quilómetros, em Lisboa, por exemplo, e barato (sendo que aos domingos até às 13horas não se pagam as entradas) magníficos centros de cultura de arte, pintura, moderna ou abstrata, entre muitos outros tipos de museus. Temos de tudo, mas aos olhos da maioria parece que isso não existe, e o que existe não interessa.
Há, perante isto, que alterar estas mentes e formas de ver as coisas, numa sociedade cada vez mais agarrada à confusão rotineira das cidades.
Pode não ser fácil, mas com o empenho e divulgação de todos (como exemplo disso vejam o “FAÇA FÉRIAS EM PORTUGAL”) decerto conseguiremos atingir novos patamares.
Só com isso poderemos ver OS PORTUGUESES NOS MUSEUS DE PORTUGAL!