O corpo
Uma máquina quente
Com válvulas incandescentes
Prestes a explodir
A alma
Inquieta ardente
Singra a noite plangente
Busca te possuir
Meus sentidos já dormentes
Em minh’alma dolente
A me doer na carne desejante
A esboroar a luz vicejante
Em outrora
Em mim radiante
Hoje
Longe brilho bruxuleante
Jogo-me na cama solitária
Olho pela janela
Que não me liberta
Donde a vida é ordinária
Vou de memória em memória
Lembro de tudo que devo esquecer
Vou da derrota à glória
Decidindo entre mim e você
Adeus, sonhos infantes
Adeus, loucuras de um sonhador
Adeus, planos mirabolantes
Hoje sei, sou apenas o que sou…